Micotoxinas na produção de ruminantes: quais os tipos e seus efeitos?
Os fungos, quando se sentem ameaçados em ambiente de estresse, produzem compostos tóxicos.
A verdade é que com o passar do tempo esses compostos tóxicos produzidos pelos fungos foram sendo cada vez mais estudados, e algumas descobertas foram essenciais para a evolução da ciência e da medicina. Em 1928, Alexander Fleming, um médico inglês ficou muito conhecido por descobrir um famoso composto produzido por fungos, a Penicilina, ou ácido penicílico, que lhe rendeu um Nobel de Medicina.
Bem, mas nem todo composto produzido por fungos é algo benéfico, afinal existem mais de 500 toxinas conhecidas, e quando ingeridas podem provocar várias afecções fisiológicas e afetar o funcionamento de vários órgãos. As próprias toxinas do fungo Penicillium para um ruminante pode não causar grandes problemas ao animal, mas para as bactérias do rúmen o efeito é gravíssimo.
Os gêneros mais conhecidos¹ de fungos micotoxigênicos são:
- Aspergillus
- Alternaria
- Claviceps
- Fusarium
- Penicillium
- Stachybotrys
As micotoxinas e afecções que ganharam maior relevância em estudos e monitoramentos são:
- Aflatoxina
- Afecções hepáticas
- Fumonisina
- Afecções circulatórias
- Zearalenona
- Afecções reprodutivas
- Ocratoxina
- Afecções renais
- Deoxinivalenol (DON)
- Afecções imunológicas
- T-2
- Afecções intestinais
Da mesma maneira, ao descobrirmos quais micotoxinas estão contaminando o alimento, podemos deduzir quais são os fungos responsáveis. Mais além, outra dedução possível é entender quais micotoxinas podem estar presentes numa dieta, baseando-se em sinais clínicos e subclínicos que os animais possam estar apresentando.
Em geral, os efeitos mais comuns são ligados à redução da imunidade dos animais, levando a um aumento no custo do sistema produtivo das vacas pela recorrência de afecções infecciosas e fisiológicas. Outro impacto é a redução no consumo e produção de leite, devido à perda de palatabilidade dos alimentos e mal estar ligados à intoxicação sistêmica, unida a um forte impacto ruminal. Outros problemas são os reprodutivos, reduzindo taxas de prenhez, por atrapalhar a identificação do cio e causar morte embrionária.
Figura 1 – Principais Micotoxinas e seus efeitos em ruminantes
É possível minimizar o desafio procurando reduzir a carga fúngica nas etapas de produção dos alimentos, mas a verdade é que principalmente para ruminantes, que possuem alta complexidade no arranjo e variedade dos ingredientes da dieta, não é possível prever quais micotoxinas estarão presentes no cocho durante todo o ano. Além disso, é completamente inviável fazer análises complexas de multicontaminação na ração total misturada toda semana para saber se as micotoxinas presentes se alteraram em variedade e concentração. Desta forma, a melhor forma de evitar que as micotoxinas causem algum dano à produção, reprodução, ou saúde dos animais, é utilizar o adsorvente de micotoxinas Mycosorb A+, que possui o maior espectro de ação conhecido e comprovado cientificamente. Assim, não importa qual é o desafio, os animais estarão protegidos, pois o sequestrante se liga às toxinas não deixando que elas sejam absorvidas.
“Mas os animais ruminantes, devido à fermentação ruminal, não apresentam resistência à essas micotoxinas?”, muitos costumam dizer. Em um artigo preparado recentemente esclareço se esse discurso é um mito ou a mais pura verdade. Nele você conhecerá os estudos que embasaram pesquisadores ao redor do mundo a considerarem fundamental o uso de adsorventes de micotoxinas na dieta de ruminantes.
Bibliografia:
¹ Milićević et al., 2010
² Chaytor et al., 2011